Oi pessoal!! Vamos dar aqui uma explanação geral sobre as principais características do populismo:
O populismo foi uma ideologia comum em vários país da América Latina, tendo suas raízes antes da 2°GM e seus alcances e limites até o período pós-guerra. Procurou manipular as aspirações da burguesia e do proletariado que se desenvolveram após 1930. Essa manipulação foi levada a efeito pelo Estado, que tomou para si a tarefa de modernizar as estruturas econômicas, sendo o principal agente da industrialização na América Latina. A burguesia industrial, ainda pouco expressiva, necessitava de um Estado intervencionista, forte e controlador das tensões sociais.
A ideologia populista procurava atender as aspirações de diferentes setores, os quais mobilizava com a "sonhada" modernização.
- Procurava engajar os militares: Com vagos projetos de nacionalização dos recursos naturais.
- Discurso antiimperialista: Atraía estudantes e intelectuais. Era muito mais retórica do que prática.
- Mantinha s aspirações do proletariado urbano e da pequena burguesia dentro dos limites aceitáveis com a concentração de capital nas mãos da burguesia industrial.
- Submetia o proletariado ao paternalismo, fazendo com que vissem as lideranças populistas como único instrumento de melhora.
- Buscava um proletário disciplinado, tutelado e manipulado pelo Estado.
Ao longo do século XX, tentou modernizar a economia interna atendendo a algumas aspirações da classe trabalhadora, desde que estes avanços não afetassem os interesses da elite industrial. O populismo passa a não ser bem visto pelos EUA, pois ao trazer as massas para a cena política, corria o risco das reformas ultrapassarem o esquema burguês-capitalista. As ações do Estado populista tinham limites. Elas não podiam opor-se ao imperialismo norte-americano, a Igreja e ao Exército, três forças receosas dos excessos decorrentes das ideologias populistas.
Portanto, o populismo foi vítima de suas próprias contradições. Ao atender algumas aspirações da classe trabalhadora e a abertura de espaços de manifestação e contestação, o populismo chega próximo de romper seus limites, quando se aproxima a uma guinada para a esquerda e transformação das estruturas sociais. Isso contraria a lógica e o próprio reformismo do populismo, que pretendia promover a industrialização e o crescimento econômico mantendo a classe trabalhadora e tutelada pelo Estado e assim controlada pela burguesia industrial.
O desdobramento inevitável do colapso do pacto populista (e isso é muito importante) foram os golpes militares. A maior parte dos golpes militares na América Latina acontecem a partir da década de 60, em meio a um mundo bipolarizado. Não havia meio termo, ou um país aderia ao bloco capitalista ou corria o risco de uma revolução socialista financiada pela URSS. É com esse discurso que são instauradas as ditaduras militares. Em no me da "doutrina de segurança nacional" e em consonância com o governo norte-americano, prometia deter a qualquer custo o avanço comunista. Assim, inicia-se uma outra fase política, econômica e social nos países latinos.
No Brasil, o principal representante da ideologia populista foi Getúlio Vargas, que a partir da Revolução de 1930 promove o crescimento industrial brasileiro e ao mesmo tempo "concede" algumas aspirações à classe trabalhadora. Durante o Governo provisório e Constitucional, a política trabalhista do governo Vargas visou as iniciativas materiais e a criação da imagem de Getúlio como protetor dos trabalhadores, o que fez crescer sua popularidade. Getúlio transformou o dia 1° de maio. Antes de seu governo, o dia do trabalhador era um dia de manifestações e luta por melhorias. Com Getúlio, esse dia passou a ser dia de comemoração, com grandes comícios e apresentação de medidas favoráveis as classes trabalhadoras.
Após a queda do Estado Novo e um período de redemocratização no país, os novos governantes não abandonaram a prática populista iniciada por Getúlio, porém, seu sistema já não se mostraria tão eficaz.
Bibliografia:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1997.
AQUINO, Rubim Santos Leão. et al. História das Sociedade Americanas. Rio de Janeiro: Record, 2005.
MENDONÇA, Sônia Regina. Estado e Sociedade: As bases do desenvolvimento capitalista dependente: da industrialização restringida à internacionalização. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1990. p. 327-350.
Imagens:
Imagem 1: Getúlio Vargas - http://maniadehistoria.wordpress.com/2009/08/03/agosto/
Imagem 2: Foto marcante do perído da ditadura no Brasil. Consequência inveitável das políticas populistas. - http://olharpanoramico.blogspot.com/2009_06_01_archive.html
O populismo foi uma ideologia comum em vários país da América Latina, tendo suas raízes antes da 2°GM e seus alcances e limites até o período pós-guerra. Procurou manipular as aspirações da burguesia e do proletariado que se desenvolveram após 1930. Essa manipulação foi levada a efeito pelo Estado, que tomou para si a tarefa de modernizar as estruturas econômicas, sendo o principal agente da industrialização na América Latina. A burguesia industrial, ainda pouco expressiva, necessitava de um Estado intervencionista, forte e controlador das tensões sociais.
A ideologia populista procurava atender as aspirações de diferentes setores, os quais mobilizava com a "sonhada" modernização.
- Procurava engajar os militares: Com vagos projetos de nacionalização dos recursos naturais.
- Discurso antiimperialista: Atraía estudantes e intelectuais. Era muito mais retórica do que prática.
- Mantinha s aspirações do proletariado urbano e da pequena burguesia dentro dos limites aceitáveis com a concentração de capital nas mãos da burguesia industrial.
- Submetia o proletariado ao paternalismo, fazendo com que vissem as lideranças populistas como único instrumento de melhora.
- Buscava um proletário disciplinado, tutelado e manipulado pelo Estado.
Ao longo do século XX, tentou modernizar a economia interna atendendo a algumas aspirações da classe trabalhadora, desde que estes avanços não afetassem os interesses da elite industrial. O populismo passa a não ser bem visto pelos EUA, pois ao trazer as massas para a cena política, corria o risco das reformas ultrapassarem o esquema burguês-capitalista. As ações do Estado populista tinham limites. Elas não podiam opor-se ao imperialismo norte-americano, a Igreja e ao Exército, três forças receosas dos excessos decorrentes das ideologias populistas.
Portanto, o populismo foi vítima de suas próprias contradições. Ao atender algumas aspirações da classe trabalhadora e a abertura de espaços de manifestação e contestação, o populismo chega próximo de romper seus limites, quando se aproxima a uma guinada para a esquerda e transformação das estruturas sociais. Isso contraria a lógica e o próprio reformismo do populismo, que pretendia promover a industrialização e o crescimento econômico mantendo a classe trabalhadora e tutelada pelo Estado e assim controlada pela burguesia industrial.
O desdobramento inevitável do colapso do pacto populista (e isso é muito importante) foram os golpes militares. A maior parte dos golpes militares na América Latina acontecem a partir da década de 60, em meio a um mundo bipolarizado. Não havia meio termo, ou um país aderia ao bloco capitalista ou corria o risco de uma revolução socialista financiada pela URSS. É com esse discurso que são instauradas as ditaduras militares. Em no me da "doutrina de segurança nacional" e em consonância com o governo norte-americano, prometia deter a qualquer custo o avanço comunista. Assim, inicia-se uma outra fase política, econômica e social nos países latinos.
No Brasil, o principal representante da ideologia populista foi Getúlio Vargas, que a partir da Revolução de 1930 promove o crescimento industrial brasileiro e ao mesmo tempo "concede" algumas aspirações à classe trabalhadora. Durante o Governo provisório e Constitucional, a política trabalhista do governo Vargas visou as iniciativas materiais e a criação da imagem de Getúlio como protetor dos trabalhadores, o que fez crescer sua popularidade. Getúlio transformou o dia 1° de maio. Antes de seu governo, o dia do trabalhador era um dia de manifestações e luta por melhorias. Com Getúlio, esse dia passou a ser dia de comemoração, com grandes comícios e apresentação de medidas favoráveis as classes trabalhadoras.
Após a queda do Estado Novo e um período de redemocratização no país, os novos governantes não abandonaram a prática populista iniciada por Getúlio, porém, seu sistema já não se mostraria tão eficaz.
Bibliografia:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1997.
AQUINO, Rubim Santos Leão. et al. História das Sociedade Americanas. Rio de Janeiro: Record, 2005.
MENDONÇA, Sônia Regina. Estado e Sociedade: As bases do desenvolvimento capitalista dependente: da industrialização restringida à internacionalização. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1990. p. 327-350.
Imagens:
Imagem 1: Getúlio Vargas - http://maniadehistoria.wordpress.com/2009/08/03/agosto/
Imagem 2: Foto marcante do perído da ditadura no Brasil. Consequência inveitável das políticas populistas. - http://olharpanoramico.blogspot.com/2009_06_01_archive.html
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